Música Atual

Título

Artista

Programação Atual

Chillout Mode

12:00 18:00


Assista O Abraço da Serpente

Escrito por em 14/05/2016

Karamakate, outrora um poderoso xamã da Amazônia, é o último sobrevivente de seu povo, e agora vive em isolamento voluntário nas profundezas da selva. Os anos de solidão absoluta o tornam vazio, privado de emoções e memórias. Sua vida sofre uma reviravolta quando chega ao seu esconderijo remoto Evan, um etnobotânico americano em busca da Yakruna, uma poderosa planta, capaz de ensinar a sonhar. O xamã decide acompanhar o estrangeiro em sua busca, e juntos embarcam em uma viagem ao coração da selva, onde passado, presente e futuro se confundem, fazendo-o aos poucos recuperar suas memórias. Essas lembranças trazem uma dor profunda que não libertará Karamakate até que ele transmita o conhecimento ancestral que antes parecia destinado a perder-se para sempre

SOBRE O FILME

El Abrazo de la Serpiente foi lançado oficialmente em 17 de fevereiro de 2016 (EUA), dirigido pelo conhecido diretor colombiano Ciro Guerra. Antes do lançamento, ainda em 2015, foi apresentado na seção “Quinzena dos Realizadores” do Festival de Cannes, onde ganhou um prêmio. Também concorreu ao Oscar como melhor filme estrangeiro, sendo a primeira vez que um filme colombiano foi indicado.

Rodado em preto e branco, a produção apresenta dois diários de viajantes europeus que percorreram o Amazonas no início e meados do século XX na busca de uma planta mítica para os povos aborígines, cujas tradições o diretor utiliza como motor da história.

Guerra trabalhou cinco anos no filme, dois deles dedicados ao roteiro. Primeiro iniciou sua aproximação com os povos amazônicos de um ponto de vista quase antropológico, documental. E logo percebeu que os sonhos, a imaginação e a ficção eram muito importantes na cosmovisão indígena. “Eles acreditam que o mundo se cria à medida em que se conta”, afirma.

Essa visão poética do mundo indígena serviu de motor para a experiência cinematográfica. Mas o diretor deixa claro que O Abraço da Serpente “não é a Amazônia”. “O pensamento amazônico é quase incompreensível para alguém que não o estudou”, explica. Por isso, Guerra tentou criar uma ponte para que o espectador se aproxime desse mundo durante 125 minutos.


Reader's opinions

Deixe um comentário