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Alimentação Ácida ou Alcalina? A Bioquímica Ideal do Sangue

Escrito por em 11/11/2014

Sendo o sangue, idealmente, um meio alcalino, devemos priorizar os alimentos que colaboram neste sentido, mas quais são eles? A confusão mais comum é imaginarmos que um alimento ácido deixará nosso sangue mais ácido e um alimento alcalino, mais alcalino, mas esta não é exatamente a lógica correta. Uma laranja, por exemplo, é um alimento originalmente ácido, porém o resíduo orgânico que restará no corpo após sua digestão, é alcalino, o que caracteriza a laranja como um alimento ‘alcalinizante’.

Nosso sangue é um meio líquido, e como todo líquido possui um pH próprio. O pH é a medida de acidez ou alcalinidade do meio, e é representado numericamente em uma escala de 0 a 14, sendo pH 0 o mais ácido, pH 14 o mais alcalino, e pH 7 o nível neutro. Em sua manutenção ideal, o sangue é um líquido alcalino, variando entre um pH de 7,2 e 7,5. Com isto em consideração, podemos entender melhor as diferenças entre os alimentos ácidos e alcalinos, quais seus efeitos sobre o pH do sangue, e como buscar o equilíbrio bioquímico na nutrição.

Para uma alimentação mais alcalina, devemos buscar os alimentos ‘alcalinizantes’ e evitar os alimentos ‘acidificantes’. Levando em conta que o mais importante não é o estado ácido ou alcalino original do alimento, mas sim os resíduos, ou ‘cinzas orgânicas’, que ele irá deixar no corpo após ser metabolizado, definem-se todas as fontes de nutrição entre duas categorias: acidificante, para alimentos cujos resíduos são ácidos, e alcalinizantes, para aqueles cujos resíduos são alcalinos e, portanto, colaboram com nosso organismo.

Os alimentos alcalinizantes que mais colaboram com o equilíbrio ideal da bioquímica do sangue são: todas as frutas frescas, frutas secas, folhas verdes, legumes e verduras sem agrotóxicos, com destaque para o chuchu, quiabo, abobrinha (a gosma é altamente alcalinizante), e o melaço de cana. Dentre as castanhas, as únicas alcalinizantes são amêndoas e pistaches, sendo as demais castanhas acidificantes.

Menção especial entre os alcalinizantes vai para todas as raízes, inclusive os tubérculos, que fortificam o sangue deixando-o mais alcalino, a exemplo das batatas, mandioquinha, inhame, mandioca, entre outros, naturalmente, considerando que eles sejam cozidos sem óleo ou frituras de qualquer espécie. Em suma, frutas, saladas, verduras, são altamente saudáveis e podem ser consumidas em abundância por qualquer um no dia a dia.

De um modo geral, os alimentos restantes tornam o sangue mais ácido, e aconselha-se um consumo moderado. Os alimentos mais acidificantes, ou seja, que pioram a qualidade do sangue com maior intensidade, são todos os tipos de carnes, ovos, leite e seus derivados (iogurte, queijos, manteiga, coalhada). Além das proteínas de origem animal, são também grandes inimigos do pH do sangue, a cafeína, o álcool, cigarro, refrigerantes, frituras de todos os tipos, e o açúcar refinado.

Já as famílias dos grãos e das castanhas, apesar de acidificantes, trazem benefícios nutricionais e devem ser consumidos com critério. Isto inclui os grãos como feijão, grão-de-bico, lentilha e similares, e as castanhas todas, amendoim, castanha de caju, do Pará, macadâmias e avelãs, apenas com exceção das amêndoas e pistache, que já mencionamos. É importante ressaltar que cada indivíduo possui um histórico próprio e fatores isolados que irão interagir com a bioquímica do sangue, porém, a rigor, se regularmos o consumo dos alimentos acidificantes, priorizando os alcalinizantes, certamente estaremos contribuindo com nossa saúde a curto, médio e longo prazo.

Para que o equilíbrio ideal do pH sanguíneo se mantenha, devemos compor nossa nutrição com, pelo menos, cerca de 75% de alimentos Alcalinizantes, e 25% de alimentos Acidificantes. Dependendo do organismo pessoal de cada um, esta proporção pode subir para até 90% ou 100% de alimentos Alcalinizantes, e uma redução quase total dos Acidificantes. Basicamente, um sangue com pH alcalino fortalece todo o sistema imunológico, prevenindo muitas doenças e mantendo ânimo e disposição no cotidiano. É um fato conhecido não só por médicos e nutricionistas, mas também por terapeutas naturais e holísticos, que a qualidade do sangue define nossa predisposição a todos os tipos de doenças, ou nossa capacidade de resistir a elas.


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